Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Porto Alegre começa a utilizar asfalto com maior durabilidade

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Pela primeira vez, as usinas de asfalto de Porto Alegre estão produzindo Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) com adição de polímero, um componente químico, tal como uma fibra, que adicionado nos tanques de mistura do cimento asfáltico confere ainda mais resistência e durabilidade ao asfalto. Até o momento, o município utilizava apenas o Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), composto que possui uma vida útil de oito a dez anos. Apesar da adição do polímero elevar entre 10 a 15% o custo da produção da massa asfáltica, a vantagem é que eleva a vida útil para até 15 anos.

“O projeto do governo Marchezan para Porto Alegre é possibilitar melhorias não só para o presente, mas para o futuro. É por isso, que estamos investindo cada vez mais em ações e serviços que trarão benefícios à população a longo prazo, tais como no asfalto, tendo em vista que mais de 80% da nossa malha viária está vencida,” afirma o secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário.

O material, produzido pela Divisão de Conservação de Vias Urbanas (DCVU), foi aplicado em fase de teste na manutenção do pavimento da avenida Ipiranga, desde a rua Machado de Assis, no sentido bairro-Centro, e entre as avenidas Cristiano Fischer e João Pessoa para a implantação da faixa exclusiva de ônibus. A partir de agora, a produção do asfalto com polímero será utilizada em todas as manutenções funcionais nas principais vias da cidade.

“Esse ganho de resistência e durabilidade é algo essencial nas vias da Capital, tendo em vista o aumento do tráfego de veículos, especialmente os pesados, e a grande variação de temperatura típica da nossa região, com dias muito frios no inverno e muito quentes no verão. Essas variações de temperatura, aliadas ao movimento e peso dos veículos, ampliam os danos à estrutura, causando rachaduras e buracos”, diz o diretor da Divisão, engenheiro Nilton Magalhães.

Uso de asfalto com polímero – As principais vias revitalizadas pelo Programa de Recuperação de Pavimentos Funcional, com financiamento do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), realizadas em 2016 e 2017, já foram recuperadas com asfalto de polímero, assim como a avenida Castelo Branco em 2014, pioneiras nesta aplicação. Nesses casos, o asfalto foi fornecido pela empresa contratada. Agora, este tipo de asfalto será produzido pela Prefeitura de Porto Alegre, inicialmente na Usina do Sarandi.