Em dezembro próximo, o Instituto de Estudos Empresariais (IEE) irá comemorar 35 anos com sua diretoria otimista em relação ao futuro. “Desde 2013, a procura para entrar no IEE aumentou. Hoje, já existem núcleos liberais nas universidades, mas sabemos que os resultados serão de longo prazo”, afirmou o presidente do IEE, Pedro De Cesaro,. O co-fundador, ex-presidente e atual conselheiro do IEE, Roberto Rachewsky entende que não há determinismo histórico. Cada pessoa constrói o seu futuro.” E citou o exemplo de William Ling, fundador do IEE, como ele: “William resolveu tornar sua vida melhor e buscou parceiros para criar o Instituto.”
De Cesaro e Rachewsky participaram da reunião-almoço MenuPoa nesta segunda-feira, 11/11, promovida pela Associação Comercial de Porto Alegre. O tema foi IEE, 35 anos formando líderes. Na abertura do evento, o presidente da Associação Comercial, Paulo Afonso Pereira, lembrou que, em meados de 1984, cerca de 30 jovens empresários entre os 20 e 30 anos de idade receberam uma carta-convite para uma reunião. “No encontro, do qual participaram pelo menos 20 deles, foi plantada a semente do que se tornou o Instituto de Estorimudos Empresariais que, em três décadas e meia de existência, ajudou a mudar a história de várias gerações de jovens idealistas como aqueles.”
O autor da carta-convite que convocou o grupo de jovens para aquela reunião de 1984 foi o empresário William Ling. Então com 27 anos, ele se tornou o primeiro presidente do IEE. “Em 1988, o Instituto criou o Fórum da Liberdade. Ao longo das edições já realizadas, o Fórum reuniu mais de 300 palestrantes, sendo 103 deles estrangeiros, cinco ganhadores do Prêmio Nobel, sete chefes de Estado, 53 lideranças políticas nacionais e internacionais e 16 ministros de Estado. Hoje, o evento é reconhecido mundialmente.”
Durante o evento, De Cesaro, comentou que a Constituição promulgada em 1988 está ultrapassada. “Não queremos o fim do Estado, mas que ele se torne mais eficiente, enxuto. O Rio Grande do Sul está quebrado há muitos anos, temos que repensar a máquina pública.”
Para Rachewsky, a Constituição de 1988 nunca foi funci0nal. “Entre seus legados está o conflito distributivo insolúvel. Uma das missões do IEE é buscar caminhos para que esse conflito se torne um processo de criação de valor colaborativo.”
Em relação a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que ninguém poderá ser preso senão em decorrência de sentença penal condenatória transitada em julgado, Rachewsky considerou uma afronta a sociedade brasileira. Para De Cesaro, um dos pilares do liberalismo é o estado de Direito, “que no Brasil muda o tempo todo. É um problema institucional gigantesco.”