Após dizer que a campanha ‘Não é Não’ pretende tirar o ‘direito da mulher de ser assediada’, o deputado catarinense Jessé Lopes (PSL) chamou o movimento feminista de ‘segregador’ e disse que seu intuito é ‘criminalizar os homens’. Em entrevista ao Estadão, ele argumentou que ‘as mulheres já conquistaram todos os direitos essenciais’. Para Jessé Lopes, leis como a Maria da Penha e a do Feminicídio criam situações em que as mulheres têm ‘mais direitos do que os homens’.
Em publicação de 11 de janeiro, em uma rede social, Jessé falou que ‘após as mulheres já terem conquistado todos os direitos necessários, inclusive tendo até, muitas vezes, mais direitos que os homens, hoje as pautas feministas visam em seus atos mais extremistas TIRAR direitos’. “Como, por exemplo, essa em questão, o direito da mulher poder ser ‘assediada’ (ser paquerada, procurada, elogiada…)”, arrematou.
“Não conheço nenhum ato jurídico que seja proibido às mulheres”, disse Jessé, na entrevista ao Estadão.
Questionado sobre situações em que as mulheres teriam mais direitos que os homens, o deputado catarinense citou 20 leis ou situações previstas na legislação que em sua visão possibilitam ‘privilégio de direitos das mulheres sobre os homens’.
Entre elas, Jessé cita a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, a isenção do serviço militar às mulheres e a licença maternidade de 120 dias.
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