Em um painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (21/01), que “a pior inimiga do meio ambiente é a pobreza”.
Sem meios de gerar renda, “as pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer e têm outras preocupações, que não são as de pessoas que já destruíram suas florestas”, disse o ministro. “É um problema muito complexo. Não há uma solução simples.”
No painel, cujo tema eram os avanços tecnológicos e o futuro da indústria, o ministro disse que o Brasil “está um pouco atrás, para não dizer muito atrás, nessa discussão”, mas que o tempo pode ser recuperado “se houver avanços em educação e tecnologia”. Ele defendeu a união entre pesquisa acadêmica e investimento privado na busca por inovações.
Mais tarde, em um debate sobre as perspectivas para a América Latina, Guedes declarou que o Brasil gasta “um Plano Marshall por ano” só com os juros da dívida, que, segundo ele, consomem R$ 400 bilhões anualmente. O Plano Marshall foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução de países aliados após a Segunda Guerra Mundial.
No contexto dos juros da dívida, Guedes destacou o ajuste fiscal promovido na atual gestão, a queda na taxa básica de juros e as reformas, pontuando que, diferentemente do que acontece na França, no Brasil a reforma da Previdência contou com o apoio popular.
Ao ser questionado pela plateia sobre as políticas para a juventude e para a desigualdade, Guedes falou que “a reforma da Previdência é para a juventude” e defendeu investimento “massivo” em educação básica.
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