Porto Alegre, sábado, 30 de novembro de 2024
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OPINIÃO: GOVERNAR NO RIO GRANDE É FAZER PACTO COM O NON SENSE; POR ANDRÉ BURGER*

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No Rio Grande do Sul os cargos públicos eletivos são lava-jatos da integridade. Somente isso pode explicar a mudança que se verifica entre nos políticos quando candidatos e depois de eleitos. A historia é cheia de exemplos, mas me atenho ao governador atual, Eduardo Leite, e o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan.

O primeiro era contra as privatizações das estatais gaúchas, entre elas o banco estadual, Banrisul. Depois de eleito, propõe de forma destrambelhada uma venda parcial do banco, o que não otimiza o valor para o acionista, como teria pouco impacto frente a grande e crescente divida do estado. Atacar o problema pela raiz, reduzir o tamanho do estado no RS, não foi cogitado.

O segundo, o prefeito de Porto Alegre, eleito com discurso reformista e liberal, age, depois de eleito como um intervencionista de carteirinha, talvez só comparável a outro sofrível prefeito da capital, Olívio Dutra. Este com gestão tão incompetente que até hoje, 30 anos depois de seu mandato, os porto alegrenses seguem pagando, com a mais alta tarifa de onibus entre as capitaisbrasileiras, pela intervenção no transporte urbano da cidade que gerou uma conta de U$ 20 milhões. Marchezan, que além de aumentar brutalmente o IPTU propõe medidas descabidas para manter o preço das passagem de ônibus, comprova que ser eleito para cargos politicos no RS causa disfunções cognitivas.

Lembrei da frase de Lord Acton: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Nos casos em questão, o corrompido foi o caráter e o bom senso desses senhores.

 

 

*André Burger, Economista, Administrador de Empresas e ex-Presidente do IEE

*André Burger, Economista, Administrador de Empresas e ex-Presidente do IEE.