Nas últimas semanas, membros do Ministério Público Federal têm demonstrado insatisfação com a suposta proximidade entre o chefe da instituição, o procurador-geral Augusto Aras, e o presidente da República, Jair Bolsonaro. A “rebelião” contra Aras ocorre num momento em que várias posições de poder na estrutura do órgão estão em disputa e reúne no mesmo barco integrantes de diferentes “alas” do MPF.
Nesta segunda-feira (8), o Ministério Público renovará os integrantes das sete Câmaras de Coordenação e Revisão (CCRs), colegiados temáticos que integram a estrutura do órgão. De três integrantes titulares das Câmaras, um é indicado pelo atual PGR — mas outros dois são eleitos pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF). Por isso, a escolha pode se tornar um teste da força de Aras dentro do MP.
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No fim do mês, mais um lance importante na dança das cadeiras interna: os procuradores vão escolher 4 dos 10 integrantes do Conselho Superior, nos dias 23 e 30 de junho. O CSMPF é o órgão máximo de decisão do Ministério Público Federal, e suas decisões impactam fortemente o funcionamento da instituição.
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