Porto Alegre, sexta, 27 de setembro de 2024
img

Situação dos táxis de Porto Alegre é a pior da história; Jornal do Comércio

Detalhes Notícia
Renda dos taxistas da Capital caiu vertiginosamente em função da pandemia de Covid-19 JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC

 

 

Até meados de 2014, um táxi sustentava três motoristas, que se revezavam em três turnos de trabalho. Com a popularização dos aplicativos de transporte, a partir de 2015, o número de motoristas caiu para dois. Veio a Covid-19 e ficou apenas um: ou o dono da licença do táxi ou quem aluga do dono.

A renda dos taxistas de Porto Alegre caiu vertiginosamente em função da pandemia do novo coronavírus. Assim como em outros setores, a crise financeira dos táxis, gerada em parte pela falta de circulação nas ruas, é sem precedentes na história recente da Capital.

A queda gira entre 50% e 80% desde que a Covid-19 chegou à cidade em março, segundo consulta com profissionais em pontos de táxi dos bairros Cidade Baixa, Centro Histórico, Menino Deus, e na Estação Rodoviária de Porto Alegre.

“Chegava a fazer R$ 200,00 ao dia no ano passado. Hoje, não passa de R$ 80,00, suando muito para conseguir. Quem depende do táxi está muito mal. Eu já não dependo mais”, diz José Isidoro Martins, aposentado e motorista do ponto da Estação Rodoviária, o maior de Porto Alegre, com 370 prefixos cadastrados.

Martins dirige seu vermelho ibérico há quatro décadas – metade de sua vida -, mas desde o início do ano o conduz sozinho. Isto porque o táxi, que já trouxe bons frutos para ele e outro motorista auxiliar, agora só rende para o próprio dono a duras penas.

Por mais que hajam iniciativas para modernizar o sistema e aumentar o volume corridas, com aplicativos segmentados e mudanças importantes para a categoria, a pandemia freia os planos de concorrer de igual para igual no mercado.

Leia mais no Jornal do Comércio