Quando comandava o combate à Covid-19 no país, Luiz Henrique Mandetta trabalhava com três projeções. A mais pessimista era de 180 mil mortes, e a mais otimista, de 30 mil. Um número tido atingível era de 80 mil mortes.
O ex-ministro diz agora temer que o Brasil, hoje com 139 mil óbitos, concretize o pior cenário. “Até o surgimento da vacina é capaz de chegarmos aos 180 mil”, disse ao GLOBO. Mandetta lança o livro de memórias “Um paciente chamado Brasil”(Ed. Objetiva), em que conta bastidores do combate à pandemia e do processo de fritura pelo qual passou no cargo por insistir em pregar distanciamento social contra o vírus e se recusar a liberar a cloroquina sem evidência de eficácia.
Falando por videoconferência de Campo Grande (MS), onde mora, o médico comentou os rumos da luta contra a pandemia.
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