Porto Alegre, sábado, 12 de outubro de 2024
img

Sob pressão, Planalto quer ampliar influência no TCU para se proteger de ações; O Globo

Detalhes Notícia
Governo acenou com nomeação de ministro da Corte para uma embaixada com o objetivo de tentar emplacar aliado na vaga que seria aberta; Bolsonaro receberá amanhã integrantes do tribunal para um café da manhã. Jair Bolsonaro ao lado do seu ex-ministro Jorge Oliveira, indicado por ele, em 2020, para vaga aberta no TCU: presidente atua para ampliar sua influência e mudar correlação de forças no tribunal Foto: Daniel Marenco / 24-06-2019

 

 

O temor de enfrentar turbulências causadas pelo caos fiscal e pela pandemia de Covid-19 no Tribunal de Contas da União (TCU) tem feito com que o governo acelere articulações para tentar aumentar sua influência sobre o órgão. A estratégia, já utilizada em outros governos, é indicar ou influenciar a maior quantidade possível de ministros para evitar o destino da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) que, em 2016, viu a Corte ser um dos principais atores do seu impeachment. Há estratégias de curto e médio prazo. O presidente Jair Bolsonaro convidou ministros do tribunal para um café da manhã na próxima terça-feira no Planalto. Além disso, o governo está disposto a oferecer uma embaixada a um dos ministros para poder indicar o substituto e mudar a correlação de forças no TCU.

Assim como o Congresso que acumula pedidos de impeachment na Câmara e a abertura da CPI da Covid no Senado, o TCU tem procedimentos em curso que ameaçam Bolsonaro. Além de emitir alertas sobre riscos de uma possível “pedalada fiscal” , o tribunal está fazendo uma análise profunda sobre a atuação da União no enfrentamento à epidemia de Covid-19. Os relatórios divulgados até agora são considerados “destruidores” e apontam para omissões e erros cometidos, principalmente, na gestão do agora ex-ministro Eduardo Pazuello. A tensão aumentou depois da criação da CPI, que será relatada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Ele já sinalizou que as investigações poderão seguir o roteiro desenhado pelos relatórios do TCU.

Leia mais em O Globo