Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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'Se a gente não esclarece, começam as fofocas', diz Cristina Ranzolin. Coletiva.net entrevistou a apresentadora do JA após repercussão da coluna em que contou sobre o Alzheimer do pai e comunicador Armindo Antônio Ranzolin; do Coletiva.net

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Cristina Ranzolin postou foto com o pai - Reprodução/ Instagram

 

 

Não foram só os fãs, leitores e telespectadores que se surpreenderam ao ler a coluna “Alô, amigos” que Cristina Ranzolin escreveu na última sexta-feira, 21, em GZH, substituindo as férias do colega Davi Coimbra. Muitos amigos também se surpreenderam com a revelação de que o jornalista Armindo Antônio Ranzolin está com Alzheimer.

A ideia de contar sobre a doença do pai surgiu após muitos questionamentos sobre a razão dele não aparecer em fotos ou dar entrevistas. A equipe de Coletiva.net procurou a apresentadora para falar sobre a repercussão da coluna.

Abordando o assunto pela primeira vez, ela escreveu no texto: “Infelizmente, meu pai tem Alzheimer, essa doença danada que no início provoca esquecimentos, aos poucos vai roubando a memória e depois vai trazendo outras complicações e limitando cada vez mais os pacientes”. Nesta segunda-feira, 24, a notícia foi destaque no ‘Jornal do Almoço’, da RBS TV, e no programa da rádio Gaúcha ‘Sala de Redação’, do qual Ranzolin participou.

Confira a entrevista completa logo abaixo:

1 – O que lhe motivou a escrever a coluna e falar sobre o estado de saúde do seu pai?

O que me motivou a escrever foram os questionamentos que recebi ao postar fotos da minha família sem ele nas festas de fim de ano e as muitas abordagens que os fãs dele me fazem de forma geral, sempre que me encontram. As pessoas não entendiam por que mesmo aposentado ele às vezes não era entrevistado ou participava de algum programa da Rádio.

2 – Escreveste um post no seu Instagram falando sobre o retorno carinhoso do público. Você viveu algo semelhante quando contou sobre o seu câncer de mama. Como você enxerga a vulnerabilidade e a coragem que as pessoas têm ao se expor vulneráveis?

Eu nunca gostei de muita exposição, mas às vezes se a gente não esclarece as coisas começam as fofocas e muitas absurdas. Ninguém gosta ou quer ficar doente, mas às vezes mesmo fazendo prevenção acabamos sendo vítimas e precisamos enfrentar um tratamento difícil, como foi o meu. Acho que mostrar que nós também temos os nossos problemas e lutamos para vencê-los incentiva também outras pessoas a fazer o mesmo. Hoje vencer o câncer é possível!

3 – Há algum conselho, fato ou uma experiência de pai para filha que você nunca esqueceu e guarda com carinho até hoje?

Eu disse no texto que escrevi que a melhor versão do Ranzolin foi a de Pai. Um Pai que educou com seu exemplo de pessoa íntegra, ética, solidária, amiga, um Pai paciente, um grande conselheiro, difícil citar um só conselho, mas lembro muito dele me falar da importância de ser verdadeiro para conquistar a credibilidade do seu público.

4 – O que você poderia compartilhar com as pessoas que precisam cuidar dos pais, seja pelo avanço da idade ou por questões de saúde?

Não fiquem preocupados em saber se seu familiar reconhece você. Você sabe quem ele é, não poupe carinhos, faça companhia, conte histórias, mesmo que muitos digam que ele não entende, coloque música para ele ouvir, cantem para ele, eu acredito que isso faz muita diferença.

 

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