Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Vítima colateral? Médica se suicida na Áustria após ter sido ameaçada por grupos 'antivax'; RFI

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A Áustria foi o primeiro país a impor a administração da vacina em seus moradores. AP - Matias Delacroix

 

 

A campanha contra a vacinação anti-Covid acabou em tragédia na Áustria. Uma médica, que vinha recebendo ameaças de grupos “antivax” nas redes sociais se suicidou. O episódio chocou o país, o primeiro a impor a vacinação obrigatória contra o coronavírus.

Lisa-Maria Kellermayr foi encontrada morta em seu consultório do norte da Áustria, no dia 29 de julho. A médica de 36 anos deixou cartas de despedida e a autopsia realizada a pedido de seus familiares confirmou a hipótese do suicídio.

A profissional de saúde era alvo de ameaças após ter criticado um movimento de protesto contra a campanha de vacinação obrigatória lançada pelo governo em 2021. A Áustria foi o primeiro país a impor a administração da vacina em seus moradores.

A médica havia alertado as autoridades das mensagens de intimidação que vinha recebendo e apareceu várias vezes na mídia para alertar sobre sua situação. “Há mais de sete meses estamos recebendo ameaças de morte vindas de pessoas que se opõem às medidas de combate à Covid-19 e à campanha de vacinação”, avisou Lisa-Maria em junho, ao anunciar que tinha decidido parar de receber pacientes temporariamente.

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