Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Política econômica do futuro governo federal preocupa a Farsul, por Claudio Medaglia/Jornal do Comércio

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Presidente da Farsul, Gedeão Pereira (c) manifestou descontentamento com sinalizações do futuro governo LUIZA PRADO/JC

 

 

A preocupação quanto à política econômica que será adotada pelo governo federal a partir de 1º de janeiro de 2023 norteou o balanço deste ano e as projeções para 2023 da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul). Nas quase duas horas do evento, nesta quinta-feira (8), os números das atividades agrícola e pecuária em 2022 e as projeções de produção para o próximo ano ficaram em segundo plano nas abordagens do presidente da Farsul, Gedeão Silveira Pereira, e do economista-chefe da entidade, Antônio da Luz.

Invertendo o formato tradicional do encontro, promovido anualmente pela entidade para analisar a performance do período e projetar o próximo ano, a abordagem inicial se concentrou na análise das gestões anteriores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e de sua sucessora, Dilma Rousseff (2011-2016), ambos do PT.

O economista reconheceu acertos do primeiro mandato de Lula, quando o Ministério da Fazenda conduzido por Antônio Palocci preservou o tripé macroeconômico de câmbio flutuante, meta de inflação e meta fiscal, implantado na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1999. Mas pontuou que esses parâmetros começaram a ser deixados de lado já na segunda gestão do petista, com Guido Mantega à frente da pasta, e abandonados com Dilma, a partir da implantação da nova matriz econômica, com medidas como a redução da taxa de juros, desvalorização do real em relação ao dólar, desonerações tributárias à indústria, expansão do crédito do BNDES, e redução das tarifas de energia. O fracasso dessa estratégia é apontado como uma das causas da crise econômica de 2015 e 2016.

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