Porto Alegre, sexta, 29 de novembro de 2024
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Despacho de Lula encaminha extinção do processo de venda da Refap, por Jefferson Klein/Jornal do Comércio

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Refinaria de Canoas foi colocada em processo de desestatização durante governo Bolsonaro TÂNIA MEINERZ/JC

 

 

Não demorou muito para que a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva confirmasse uma promessa de campanha: reverter os procedimentos de desestatizações de companhias vinculadas ao governo federal. Despacho publicado na edição desta segunda-feira (2) do Diário Oficial da União determinou a adoção de providências de diversos ministérios para revogar os atos que dão andamento à privatização de algumas empresas, entre as quais a Petrobras. Essa iniciativa praticamente encerra qualquer chance de alienação da refinaria de petróleo Alberto Pasqualini de Canoas, a Refap.

“Com certeza, agora a Refap não estará sob a ameaça de privatização”, reforça a presidente do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande Sul (Sindipetro-RS), Miriam Cabreira. No caso do complexo gaúcho, em agosto de 2022, por meio de comunicado ao mercado, a Petrobras anunciou o início da chamada fase não vinculante dos processos de alienação que incluem, além da unidade de Canoas, as refinarias Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, e Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. Nessa etapa, os eventuais compradores recebem informações restritas sobre o ativo e apresentam uma oferta.

Apesar de não ter ocorrido ainda divulgação oficial ao mercado, com o despacho assinado neste começo de ano pelo presidente Lula, Miriam reitera que a medida sepulta as possibilidades de venda da refinaria de Canoas nesse governo. O diretor da consultoria ES-Petro, Edson Silva, também considera que o documento elimina a hipótese de privatização da Refap, mesmo que a atual direção da Petrobras, por enquanto, continue sendo a nomeada durante a gestão de Jair Bolsonaro.

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