O bate-boca entre o senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcou uma nova etapa na disputa pela liderança do eleitorado que se opôs à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No mesmo dia em que Mourão se pronunciava em rede nacional, os generais da reserva Paulo Chagas e Carlos Alberto dos Santos Cruz também voltaram criticar Bolsonaro.
Em jogo, está a disputa pela liderança política de parte da direita que votou em Bolsonaro para presidente. Ao Estadão, Santos Cruz, que foi ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro, afirmou que uma das principais tarefas dos que desejam organizar a oposição democrática de direita ao novo governo é esclarecer as pessoas que se deixaram iludir por Bolsonaro.
“É preciso se livrar de Bolsonaro e do bolsonarismo. O ex-presidente não tem condições de ser líder da direita. Ele não é de direita. É um extremista populista que só prejudicou e acarretou desgastes à direita. É um dos destruidores da direita e transferiu sua responsabilidade política para os militares”, declarou.
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