Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
img

Desconfiança de Lula amplia crise com Forças Armadas, por Andreza Matais e Vera Rosa/O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Militares avaliam que presidente não quer virar a página após atos de vandalismo e temem medidas como abertura de sigilo de Pazuello e mudança de currículo das escolas de oficiais. Lula diz que Forças Armadas "não são o poder moderador que pensam ser" Foto: Wilton Junior/Estadão – 12/01/2023

 

 

A desconfiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a atuação das Forças Armadas é vista na caserna como um pedido de divórcio litigioso. Embora a relação entre Lula, o PT e os militares nunca tenha sido boa, deteriorando-se ainda mais no governo de Dilma Rousseff, a invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF) por pouco não fez com que o antigo estremecimento virasse ruptura.

Em conversas reservadas, conselheiros de Lula com trânsito nas Forças Armadas dizem que a hora é de virar a página, e não de promover “caça às bruxas”. Argumentam que isso não significa o arquivamento de punições aos atos de vandalismo praticados no domingo, 8, na Praça dos Três Poderes. Ao contrário: na visão de ex-ministros da Defesa, como Nelson Jobim, Raul Jungmann e Aldo Rebello, as penas para quem cometeu crimes precisam ser duras e exemplares, mas o discurso de Lula deve promover o distensionamento.

Leia mais em O Estado de São Paulo