Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Jobim diz que defender prisão "de todo mundo" fortalece Bolsonaro; Correio Braziliense

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Ele afirmou que Bolsonaro "militarizou toda a estrutura" e argumentou que o ministério deve ter um civil que circule bem entre militares e políticos. "Múcio tem habilidade para tanto", disse (crédito: Elaine Menke/Câmara dos Deputados)

 

 

Ministro da Defesa durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, Nelson Jobim afirmou, ontem, que apoia a permanência do atual ministro da pasta, José Múcio Monteiro, após os atos golpistas em 8 de janeiro. Ele argumentou que Múcio tem habilidade na interlocução com as Forças Armadas e destacou a importância de se nomear um civil para a chefia do ministério após o fim do governo Jair Bolsonaro, quando se fortaleceu um processo de militarização da Defesa.

“Temos hoje um homem competente na Defesa, que é José Múcio”, afirmou o ex-ministro. “Fernando Henrique Cardoso começou esse processo de entregar o comando (da Defesa) para um civil, e isso foi progressivo. O processo de militarização da Defesa começou primeiro com o ministro Aldo Rebelo, no governo Dilma, quando ele indicou o militar Silva e Luna para secretário-geral, que é o cargo civil mais importante”, frisou, durante seminário promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso. “Depois, no governo Temer, houve também um problema quando criou-se o Ministério da Segurança Pública, e o general Silva e Luna subiu para a Defesa.”

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