Porto Alegre, sexta, 27 de setembro de 2024
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RS tem autorização para produção artesanal, por Camila Pessôa/Correio do Povo

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Agroindústria Barbaquá Machadinho, de Machadinho, polo ervateiro da Região Noroeste do Rio Grande do Sul, processa a erva-mate usando método de secagem de origem indígena, o qual confere sabor levemente defumado ao chimarrão | Foto: Altair Ruffato / Divulgação / CP

 

 

Em 2022, o Rio Grande do Sul conseguiu a segunda autorização, em todo o Brasil, para a produção de erva-mate para chimarrão a partir do sistema barbaquá, concedida à agroindústria Barbaquá Machadinho, do município de Machadinho. O método consiste em uma secagem artesanal, de origem indígena, em que a erva-mate, depois de “sapecada” (exposta ao fogo múltiplas vezes por curtos espaços de tempo), é colocada a um metro de altura do chão em uma câmara conectada por um túnel a uma fornalha. As folhas são mantidas numa temperatura de 85°C durante um dia inteiro, o que dá um sabor característico e levemente defumado ao chimarrão.

A Barbaquá Machadinho também é responsável pela produção das folhas, em três hectares ainda pouco produtivos. “Inauguramos a agroindústria em setembro de 2022, por isso, a produção está abaixo do ideal, por enquanto”, diz Débora da Fonseca, uma das proprietárias. A habilitação foi uma conquista para a família de Débora, possibilitada a partir de um caminho que começou em 2016, com a atuação da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sil em conjunto com o Programa Gaúcho para a Qualidade da Erva-Mate. O esforço culminou em 2019, quando a primeira agroindústria, pertencente a uma família do município de Seberi, foi habilitada para o método, relembra o coordenador do programa e extensionista da Emater/RS-Ascar, Ilvandro Barreto.

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