Porto Alegre, terça, 23 de abril de 2024
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Parabéns, Paulo Pelaipe! Esse título também é teu...

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A vitória também passou por ele… Ele não escalou o time como Jorge Jesus e nem fez gols decisivos como Gabigol, mas discretamente – atuou nos detalhes, nos bastidores – e talvez por isso esteja sendo pouco citado. O Flamengo é merecidamente Campeão da Libertadores 2019 e nesse domingo pode ser Campeão Brasileiro. Logo após a sensacional vitória de virada sobre o River Plate, fogos de artifício espocaram em Porto Alegre. O Flamengo tem a maior torcida do Brasil e é natural que a comemoração transcenda o Rio de Janeiro. Mas, eu fiquei pensando se algum desses artefatos foram soltos por parentes e amigos do grande Paulo Pelaipe. Se foram, foi merecido! Pelaipe é uma grande figura, um gremista raiz, que enveredou após servir voluntariamente seu clube do coração, pelo profissionalismo do futebol.

Ele já circulou por vários clubes – Uma vez foi “aventada” até a possibilidade de trabalhar no SC Internacional – causou arrepios em muita gente no Beira-Rio. Eu adoraria! -, mas é indiscutível que ele se da bem no CR Flamengo, o título de hoje mostra que há uma “liga” entre pessoa e instituição. Pelaipe estava no Flamengo, na última conquista importante, a Copa do Brasil de 2013. O retorno ao clube acontece após cinco anos e discretamente, ele atuou nos bastidores dando sustentação ao trabalho do técnico Jorge Jesus, aos dirigentes e influindo na contratação de vários dos grandes jogadores do time Campeão. Pouco vi e ouvi sobre a importância dele na conquista do título. Por isso, escrevo esse texto para homenagear um “gentleman”do futebol.

Como todo mundo sabe, sou colorado, mas muito bem tratado pela grande maioria dos adversários históricos. Chegou ao ponto de um dia, eu querer homenagear meu afilhado Mateus, com um camiseta tricolor – o que a gente não faz … -, na época Pelaipe comandava o futebol gremista. Mesmo sem ter uma “amizade profunda” com ele, liguei e perguntei se eu levasse uma camiseta, ele me conseguiria autógrafos de jogadores. Ele disse: Não! Eu me surpreendi e ele emendou, “Você não precisa trazer nenhuma camiseta, eu vou dar essa camiseta para o teu sobrinho com o maior prazer.” Nesta época eu auxiliava Giovanni Luigi, no Internacional, para evitar qualquer constrangimento da minha presença no Olímpico, Pelaipe pediu que eu ligasse pouco antes de chegar ao Estádio, qua a camisa seria entregue por “alguém”, sem eu descer do carro. Para minha surpresa o “alguém”foi ele mesmo. Que me entregou o presente, com um afetuoso abraço.

Torci pelo Flamengo pelos motivos óbvios da abertura de mais uma vaga para a Libertadores via Brasileirão, pela alegria que eu tinha certeza de ver estampada no rostos do meu amigo capixaba, Marcio Castello e do pai dele, seu João e também pelo sucesso do Pelaipe, um discreto responsável direto pelo que acontece hoje na Gávea. E eu tenho certeza que vêm mais por aí !!!

Parabéns Pelaipe e a todos rubro-negros!