O ministro Paulo Guedes (Economia) enviou por WhastApp a jornalistas, amigos e familiares um conjunto de mensagens em que se desculpa pela frase comparando servidores públicos a parasitas e diz que ela foi tirada de contexto. Nas mensagens, que ele encaminhou também a mim, afirma que não quis ofender ninguém.
“Tiram do contexto. Falei de Estados e municípios em caso extremos. Quando toda a receita vai para salários e nada para saúde educação, e segurança”, justificou.
Na última sexta, em palestra na FGV-Rio, ao defender a necessidade de uma reforma administrativa, o ministro disse: “O governo está quebrado. Gasta 90% da receita toda com salário e é obrigado a dar aumento de salário. O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo, o hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático, não dá mais.
A população não quer isso, 88% da população brasileira são a favor inclusive de demissão de funcionalismo público, de reforma, de tudo para valer”, disse o ministro. “Se o Estado existe para si próprio então é como um parasita (o Estado perdulário) maior que o hospedeiro (a sociedade).
Eu não falava de pessoas, falava dos casos extremos em que municípios e Estados gastam todas as receitas com salários elevados de modo que nada sobrava para educação, segurança, saúde e saneamento”, prosseguiu o ministro.
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