Em meia hora de conversa, o presidente da General Motors América do Sul, Carlos Zarlenga, citou 14 vezes a palavra liquidez. É esse o maior problema que ele e outros executivos temem no momento. Se o problema da falta de caixa das empresas de toda a cadeira produtiva do setor automotivo não for resolvido em no máximo duas semanas, “empresas vão começar a quebrar”, principalmente entre as fornecedoras de autopeças. A única saída, diz ele, é BNDES liberar linhas de curto prazo ou o governo assumir a garantia para empréstimos dos bancos privados.
O executivo argentino também afirma que, após a crise provocada pelo coronavírus passar, o cenário será de uma indústria endividada, que terá de rever investimentos, inclusive em projetos até então prioritários como carros elétricos e autônomos. O marco regulatório que define metas de emissões, segurança e consumo terão de ser revistos. “Milhões em receita vão desaparecer; isso vai ter impacto em tudo que se planejou para o futuro”, diz.
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