Porto Alegre, quinta, 25 de abril de 2024
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Coronavírus: Acesso à Internet grátis para estudantes do sistema público

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Harjot Saluja, CEO da empesa americana Datami.

O Brasil pode ter ficado atrás de outras grandes economias mundiais na implementação de normas rígidas de isolamento social para combater a pandemia da covid-19, a doença causada pelo coronavirus. Mas o País saiu na liderança quando se trata do uso de soluções rápidas e práticas para que as crianças no sistema público de educação continuem assistindo aulas e aprendendo durante a quarentena.

Uma dessas iniciativas foi a decisão dos governos estaduais do Paraná e de São Paulo de oferecer uma plataforma de aprendizagem gratuita onde os alunos podem assistir transmissões de aulas ao vivo e acessar ferramentas de aprendizagem on-line familiares, tudo sem consumir o plano de dados móveis da família.

“O Brasil está à frente de muitos países do mundo no que diz respeito à oferta de acesso remoto à educação, mesmo para aqueles estudantes que enfrentam a falta de internet em casa”, disse Harjot Saluja, CEO da empesa americana Datami, com sede em Boston.

Estes governos, através de parcerias com as maiores operadoras de celular do Brasil, estão usando a plataforma Reach For All da Datami para patrocinar os dados de celular usados pelos estudantes. Até agora, 250 mil alunos nestes estados já estão acessando a internet em celulares para estudar, sempre com dados pagos pelo governo. Saluja acredita que o número crescerá rapidamente no curto prazo. Os governos de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Brasília estão em negociações para adotar o sistema.

“A plataforma pode ser disponibilizada de forma rápida e eficiente para atender as necessidades imediatas”, explicou Saluja. “Trata-se de um ponto de acesso único e gratuito a recursos que já estão em uso, o que torna fácil para estudantes e professores começarem a se beneficiar.”

Também ajuda o fato de a Datami conhecer profundamente o mercado brasileiro, onde a empresa opera desde 2015 e tem parcerias com as operadoras Vivo, Oi, TIM e Claro. A plataforma da Datami já permitiu que mais de 50 empresas, incluindo bancos e varejistas como o Santander e a Avon, pagassem pelos dados de celular usados por seus clientes. Num mercado dominado por celulares pré-pagos ou com planos de dados reduzidos, a plataforma da Datami permite engajamento e transações ilimitadas por clientes destas marcas.