Porto Alegre, quarta, 24 de abril de 2024
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Governo adia o Enem e embaralha todo o calendário universitário de 2021; O Estado de São Paulo

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Se a alteração for por 60 dias, provas seriam em janeiro e aprovações só sairiam em março ou abril. Vestibulares que têm vagas que dependem do Enem devem ser adiados; medida era alvo de campanha para favorecer os mais pobres. O ministro da Educação, Abraham Weintraub Foto: Dida Sampaio/Estadão

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que deve ter mais de 4 milhões de participantes neste ano, foi enfim adiado na quarta, 20, pelo Ministério da Educação (MEC). Esta será a segunda vez na história do maior vestibular do País que ele deixará de ser feito na data marcada; a primeira foi quando a prova foi roubada em 2009, conforme revelado pelo Estadão. A mudança, que o Congresso Nacional já havia começado a decidir na terça-feira, 19, e era pedida havia semanas por secretários de Educação, universidades e estudantes, vai dar mais tempo para alunos pobres se prepararem. Mas também embaralha todo o calendário de outros vestibulares e o ano letivo de 2021.

Fuvest e Unicamp
Vestibulares como os da Fuvest, que seleciona os candidatos para a Universidade de São Paulo (USP), e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, utilizam o Enem para preencher parte de suas vagas. Segundo o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, o calendário ainda será discutido na instituição, mas é “muito provável” que o vestibular seja adiado. A Unicamp também já reduziu o número de livros obrigatórios para prova, de 12 para 7 este ano, por causa da pandemia, considerando dificuldade de acesso às obras. “Estamos discutindo também o conteúdo, como avançar mais na testagem de habilidades, interpretação de texto.”

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