A cidade de Stuttgart, no sudoeste da Alemanha, proibiu nesta quinta-feira (21/05) a realização de um protesto contra as medidas de restrição impostas no país para conter o avanço da pandemia da covid-19, argumentando que seria impossível manter normas de segurança sanitária exigidas no momento.
Organizada pela legenda populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), a manifestação estava programada para ocorrer no domingo. Protestos contrários ao ato, convocados, entre outros, por grupos antifascistas, também estavam programados.
Autoridades disseram haver grande possibilidade de confronto entre os manifestantes, e assim seria impossível manter o distanciamento social em vigor no país, o que aumentaria o risco de contágio pelo novo coronavírus. Por isso, decidiram proibir a manifestação, que deveria contar com a presença da líder parlamentar da AfD no Bundestag (Parlamento alemão), Alice Weidel.
“Em uma situação que são esperadas provocações, distúrbios e confrontos violentos entre os manifestantes de protestos contrários não se pode garantir a distância mínima entre duas pessoas”, afirmou um porta-voz da prefeitura de Stuttgart à emissora alemã SWR. Ele acrescentou que isso aumenta significativamente o risco de contágio do coronavírus e por isso a decisão da proibição do ato.
A AfD disse que pretende entrar na Justiça para conseguir a autorização para realizar o protesto, no qual cerca de 500 pessoas eram esperadas. Um protesto semelhante na semana passada, no entanto, reuniu mais de 5 mil manifestantes na cidade.
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