Porto Alegre, quarta, 24 de abril de 2024
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Abin recebeu 1.272 relatórios de inteligência para repassar informações a Bolsonaro; O Globo

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Dados contradizem queixa do presidente de que não recebia informações e teria que usar 'sistema privado'. Os dados contradizem as reclamações do presidente Jair Bolsonaro, de que não estava recebendo informações eficientes desses órgãos Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS

 

 

O Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), coordenado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), recebeu um total de 1.272 relatórios de inteligência produzidos por diversos órgãos do governo nos anos de 2019 e 2020. Esses relatórios são usados para repassar informações estratégicas ao Palácio do Planalto para ajudar na tomada de decisões. Os dados contradizem as reclamações do presidente Jair Bolsonaro, de que não estava recebendo informações eficientes desses órgãos e que precisava usar um sistema “privado” de inteligência que funcionaria melhor.

Segundo dados do Sisbin obtidos pelo GLOBO, o sistema recebeu 951 documentos de inteligência em todo o ano de 2019 e 321 até agora no ano de 2020. Esses relatórios, a depender da área da informação produzida, foram encaminhados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República ou aos setores de inteligência dos ministérios do governo federal.

Quem define esse encaminhamento é a Abin, que atualmente é comandada pelo delegado Alexandre Ramagem, pessoa de confiança de Bolsonaro que ele tentou indicar para comandar a PF, mas foi barrado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal.

A Polícia Federal, um dos focos de reclamações do presidente, produziu 54 documentos de inteligência enviados ao Sisbin em 2019 e 11 neste ano.

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