O ministro francês da Saúde, Olivier Véran, pediu neste sábado (23) uma revisão das regras excepcionais de prescrição de diversos tratamentos excepcionais contra o coronavírus, entre eles a hidroxicloroquina, um dia depois da publicação de um estudo na revista The Lancet que contesta a eficácia da molécula e alerta sobre os riscos de seu uso em pacientes contaminados pela Covid-19.
De acordo com essa pesquisa, realizada com 96 mil pacientes, a hidroxicloroquina e seus derivados podem aumentar o risco de morte e de arritmia cardíaca. Para chegar a esta conclusão, foram comparados os resultados de quatro grupos.
Um deles foi tratado apenas com hidroxicloroquina, outro com cloroquina e dois grupos receberam um dos dois medicamentos associado a antibióticos. Um grupo de controle de pacientes não recebeu nenhum desses tratamentos. No final do estudo, 9% deles morreram.
Entre aqueles que foram tratados apenas com hidroxicloroquina e cloroquina, 18% e 16,4% morreram, respectivamente. Com antibióticos, morreram 22,8% daqueles que receberam cloroquina e 23,8% daqueles que tomaram hidroxicloroquina.
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