Porto Alegre, quinta, 25 de abril de 2024
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Sociedade de Infectologia do RS questiona critérios usados no Distanciamento Controlado; Correio do Povo

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Entidade acredita que usar apenas capacidade hospitalar para cálculo de bandeiras "desconsidera o impacto social e individual" presente na pandemia. Distanciamento Controlado dita as regras, semanalmente, para a flexibilização do comércio no RS | Foto: Alina Souza

 

 

A Sociedade Riograndense de Infectologia (SRGI) manifestou, nesta terça-feira, preocupação com as regras de “Distanciamento Social Controlado” do governo do Estado. A entidade avalia que existem incertezas e lacunas de informação epidemiológica para se flexibilizar medidas de isolamento.

“A redução do isolamento implicará na maior circulação viral e aceleração de novos casos. Não deve ser adotada na fase de aceleração da epidemia e antes de seu pico”, salientou o presidente em exercício da SRGI, Diego Rodrigues Falci. Na sua avaliação, estabelecer como critério de flexibilização do isolamento apenas a capacidade hospitalar, desconsidera o impacto social e individual decorrente do aparecimento de novos casos, do aumento de mortes e da ocorrência de surtos entre profissionais mais expostos, como no caso de profissionais de saúde e suas famílias.

Falci ressaltou que o monitoramento da epidemia deve utilizar ferramentas de alta sensibilidade, permitindo analisar sua dinâmica de propagação, com isso detectar modificações em sua incidência e identificar áreas de maior expansão ou “hot spots”, permitindo assim direcionar ações de prevenção e diagnóstico antes que a expansão de casos acarrete em atraso sanitário e na perda do controle da epidemia. “Medidas de redução do isolamento devem estar acompanhadas de ampla testagem diagnóstica, incluindo o desenvolvimento de indicadores de cobertura de testagem considerando-se a população, e não apenas o número de casos confirmados”, assinalou.

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