Porto Alegre, terça, 23 de abril de 2024
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Presidente da Caixa fala do desafio de pagar o auxílio emergencial

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Cerca de 60 milhões de pessoas receberam o dinheiro. Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal - Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

 

A suspensão das atividades econômicas para conter a Covid-19 fez o dinheiro rarear em casa. Milhares de trabalhadores viram as contas entrar no vermelho e o sustento ficar ameaçado. O sinal de alívio chegou com o anúncio de um auxílio emergencial de R$ 600 oferecido pelo Governo Federal, após negociação com o Congresso Nacional, por seis meses.

O banco público escolhido para o repasse foi a Caixa Econômica Federal que já fez o pagamento da primeira e da segunda parcela do benefício a 60 milhões de pessoas.

Ao programa Impressões, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, comentou os desafios de fazer o dinheiro chegar a milhões de brasileiros em poucos dias.

“Este foi o maior pagamento da história do Brasil, da América Latina, do hemisfério Sul, não só no volume, como na velocidade”, frisou Pedro Guimarães. “O que foi mais impactante: a lei foi promulgada no dia 2 de abril. Nós lançamos o aplicativo do auxílio emergencial no dia 7 de abril, cinco dias depois. No dia 9 de abril, nós já fizemos o pagamento para 2,5 milhões de pessoas”, contou.

O presidente da Caixa reconhece que, por ser inédito, o benefício acabou gerando dúvidas e filas. “Nós tivemos, a 1,5 mês atrás, filas e aglomerações durante dois dias. A Caixa lançou um aplicativo, no primeiro dia, 42 milhões de brasileiros se inscreveram”, informou. “Quando começamos a pagar, muitas pessoas tinham dúvidas. Então, não iam só as 8 milhões [de pessoas ao banco]. Ia todo mundo”, relembrou.

Guimarães explicou que durante o saque imediato do FGTS, em 2019, foram repassados valores para 60 milhões de pessoas sem filas. Mas, destacou, a instituição teve dois meses para se preparar.

Na conversa com a jornalista Katiuscia Neri, o presidente da Caixa afirmou também que, hoje, menos pessoas usam agências. De acordo com dados da instituição, dois terços das pessoas que sacam o dinheiro o fazem eletronicamente.

Segundo ele, o pagamento da terceira parcela vai seguir a mesma lógica do anterior. “Faremos o depósito muito rápido. As pessoas terão nas suas contas digitais o dinheiro para pagar contas, comprar na internet ou realizar compras em supermercados, farmácias, etc, e poderão sacar um pouco depois”, projetou.

Agência Brasil