Porto Alegre, sexta, 17 de maio de 2024
img

É possível associar saúde com economia

Detalhes Notícia
Em uma live, na noite desta quarta (08), a Federasul ouviu o médico infectologista Ricardo Zimerman que falou sobre os protocolos necessários para enfrentar a pandemia sem precisar adotar o isolamento horizontal

 

 

Numa campanha provocativa e, acima de tudo reflexiva, a Federasul retorna ao tema COVID-19 com ênfase nas soluções que possam proteger vidas evitando a quebra de empresas, o aumento do desemprego e o caos econômico. A entidade quer ampliar o debate sobre o tema e começa a dar voz a autoridades e especialistas que atuam na frente de combate ao vírus, sobre os melhores métodos para enfrentamento da pandemia. Trata-se de soluções para evitar o caos com a política adotada pelo governo através do distanciamento controlado via bandeiras. A ideia é também incluir, nos indicadores das bandeiras, os efeitos socioeconômicos da pandemia e aliar a prevenção com os cuidados que reduzem a contaminação pelo coronavírus também nos resultados da atividade produtiva.

Partindo do princípio que o cenário imposto pelo governo para enfrentar a pandemia representa todas as condições para um tempestade perfeita, a presidente da Federasul convidou, na noite desta quarta-feira (08) o médico infectologista, Ricardo Zimerman para falar sobre a doença e seus cuidados.

Participaram da live “Alternativas para superar a crise”, os vice-presidentes Anderson Cardoso, Milton Terra Machado, Alexandre Gadret, Rodrigo Sousa Costa e Rafael Goelzer. Durante uma hora e meia, pelo facebook da Federasul, foi discutida a pandemia e seus efeitos que, na visão do infectologista, permitem que, a partir de cuidados sanitários como uso de máscaras, lavar as mãos, evitar aglomerações, esterilização do ar, testagem com rastreamento e tratamento precoce podem evitar a letalidade, permitindo o convívio prudente com uma situação que não sabemos quando vai acabar.

Tudo parte do princípio, segundo a presidente, Simone Leite, de que “não podemos dissociar saúde de economia”. Em função disto, o governo precisa ouvir mais especialistas e mudar alguns critérios que determinam as bandeiras. Anderson Cardoso lembrou que é preciso olhar a floresta, não apenas a árvore pois 130 mil gaúchos já perderam seus empregos. “Precisamos ver o problema com outra perspectiva”, disse.

Ao lembrar que a solução através do isolamento significa “a ruína financeira total”, o vice-presidente Milton Terra Machado lembrou que a queda de R$ 2,1 bilhões na arrecadação representa uma grande riqueza que não foi gerada, que os gaúchos perderam por causa da política adotada pelo governo e indagou sobre tudo o que poderia ter sido feito com este valor para salvar vidas.

Já, Rodrigo Sousa Costa enfatizou a necessidade do Estado discutir os protocolos de biossegurança para permitir o trabalho com segurança. Para ele, “paralisar a atividade econômica está matando a arrecadação que precisamos para salvar vidas neste momento”. O vice-presidente de integração, Rafael Goelzer lembrou dos problemas de gestão do governo, como a escassez de medicamentos, mesmo com os repasses. ”Isso é falta de capacidade de gestão e a classe produtiva não pode ser refém disso”.

Alexandre Gadret vê nas decisões governamentais um descompasso das medidas com a solução do problema. ”Estamos todos preocupados com a imposição das regras e indignados porque elas não dão resultado”. Na próxima semana, mais uma live “Alternativas para superar a crise” será realizada pela Federasul.