Apesar de concordar que a reforma tributária precisa ser feita, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, enfatiza que a proposta apresentada pelo governo gaúcho não agrada ao segmento do agronegócio. “O grande setor que está sendo chamado para pagar a conta, mais do que os outros, é o do agronegócio”, afirma o dirigente.
Um fator citado por Gedeão que refletirá na atividade é o aumento da alíquota do óleo diesel, que irá de 12% para 17%. O governo do Estado pretende, através da concessão de crédito presumido, evitar o impacto causado pela mudança do percentual para o diesel, assim como para o gás natural veicular (GNV), mas Gedeão não considera a medida como satisfatória. O dirigente acrescenta que a reforma também prevê onerações em diversos produtos ligados ao agronegócio. O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, cita entre as cadeias impactadas pela reforma, na produção e no consumo, a do leite, do arroz e do trigo. Porém, o economista reitera que a reforma onera toda a produção agrícola, sem exceção, que utiliza produtos químicos como fertilizantes.
O presidente da Farsul critica ainda o aumento do chamado imposto sobre herança, o Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCD). A proposta do Poder Executivo é adotar faixas de alíquotas progressivas para causa mortis de 7% e 8% e de alíquotas progressivas para doações de 5% e 6%. Gedeão Pereira lembra que o patrimônio no meio rural sempre é vinculado a elevados valores, ou seja, terminará tendo um impacto muito grande com a reforma.
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