Em julho de 2020 o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma denúncia grave sobre os efeitos do garimpo ilegal no Pará, bem embaixo da linha de transmissão de Belo Monte. Qualquer tipo de garimpo ilegal é altamente prejudicial ao meio ambiente, mas este parece ser o caso mais grave.
O garimpo está acontecendo debaixo do linhão de 2.076 quilômetros de extensão que distribui ao Sudeste a energia gerada pela usina de Belo Monte. As torres estão em risco o que pode provocar um apagão nacional, segundo a concessionária Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE).
O Estado de S. Paulo teve acesso às denúncias, uma série delas, da concessionária. Segundo o jornal, “o presidente da concessionária (uma empresa chinesa em parceria com a Eletrobrás), Chang Zhongjiao, alerta as autoridades sobre o surgimento de diversos garimpos ilegais debaixo da linha, nos municípios de Marabá, Parauapebas, Itupiranga e Curionópolis, todos no Pará, próximos do local de acesso à hidrelétrica que foi erguida no rio Xingu, em Altamira.”
Esta é mais uma consequência da política ambiental atual, desastrada e insustentável. As reiteradas declarações do presidente, e seu ministro do Meio Ambiente, sobre o relaxamento das multas e fiscalizações do Ibama serviram como álibi perfeito, seja para madeireiros, seja para os garimpeiros ilegais. E eles não perderam a chance. No primeiro ano de mandato o desmatamento na Amazônia foi 34% superior ao de 2018.
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