Diante do que o próprio ministro da economia, Paulo Guedes, classificou como um “debandada” de seus auxiliares que pediram demissão no ministério, o presidente do Instituto Mises, Hélio Beltrão, diz que, se o governo romper com o liberalismo vai perder o apoio do empresariado, que foi um dos pilares de sua eleição. “Se ele acha que vai tirar o lado liberal e continuar com o mesmo apoio que tinha antes, ele está enganado”.
Beltrão é um dos principais defensores do que classifica como “ultraliberalismo econômico” no Brasil. É presidente do Instituto Mises Brasil, nomeado em homenagem ao economista liberal austríaco Ludwig von Mises.
Ele tem uma relação próxima com Guedes (fundou com ele o Instituto Millenium) e com alguns dos seus auxiliares que saíram, como Salim Mattar, agora ex-secretário especial de desestatização, e Paulo Uebel, ex-responsável pela secretaria especial de desburocratização.
A saída nesta semana de Mattar e Uebel agravou a crise de perda de funcionários insatisfeitos no ministério que já vinha acontecendo desde o início do ano. Mattar e Uebel reclamaram que as mudanças liberais previstas — reforma administrativa e agenda de privatizações — não estavam saindo.
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