O Tribunal de Contas do Estado (TCE) negou, nesta terça-feira (18), o recurso da Prefeitura de Porto Alegre para manter a licitação de concessão do Mercado Público à iniciativa privada. A conselheira substituta Heloisa Tripoli Goulart Piccinini acompanhou o voto do relator do processo, conselheiro Cezar Miola, que havia suspendido o processo de concessão ao alegar a necessidade de autorização da Câmara Municipal. Dessa forma, a concessão pretendida pela prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) segue suspensa.
Em seu voto, a conselheira Heloísa Piccinini considerou que “o contrato de concessão de uso de bem público não se afigura adequado ao tipo de negócio jurídico que o Município de Porto Alegre pretende firmar com a iniciativa privada (…). Trata-se de conceder a exploração empresarial e a gestão total associada à execução de obras públicas de complexo comercial e cultural de única e especial envergadura (…). O instrumento utilizado pelo Município não contém a densidade normativa capaz de proteger com limites e garantias a outorga da exploração de atividade econômica e a administração de um dos ativos mais importantes da Capital”.
Na sessão anterior, o conselheiro Cezar Miola já havia se manifestado pela manutenção da medida cautelar, reforçando a importância da aprovação da Câmara, conforme a Lei Orgânica do município. Na ocasião, Miola lembrou que “não se está cedendo apenas a utilização e exploração de um bem público, mas também compartilhando a tutela, a promoção e a garantia de direitos ligados à preservação do patrimônio histórico e cultural de Porto Alegre”.
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