Porto Alegre, sexta, 19 de abril de 2024
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Opinião: Marcelo Adnet alimenta a desigualdade social que ele tanto quer combater; por Roberto Rachewsky*

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Marcelo Adnet alimenta a desigualdade social que ele tanto quer combater. Como ele faz isso? Com o seu talento de comediante. Enquanto ele enriqueceu e concentrou renda, milhares de outros contadores de piadas seguem tendo que lavar pratos, carimbar documentos, enfim, dividir o tempo entre a sua arte e um trabalho sem graça. Adnet vai dividir o seus ganhos com seus camaradas humoristas em nome da igualdade que ele tanto defende?

Claro que não. Nem deveria.

O problema emocional travestido de moralismo que envolve essas questões que misturam ideologia com sentimentos, como o da inveja ou da culpa, é que ele leva pessoas que não pensam com a mente, mas com o coração, a terem uma visão deturpada da realidade, logo da natureza do homem e de como funcionam as coisas no mundo.

Essa visão deturpada se sustenta na adoção de uma ética errada, que ensina que buscar o autointeresse de forma egoísta, não necessariamente violenta ou desagregadora, é moralmente condenável, sendo virtuoso o coletivismo no qual cada um deve servir ao próximo como escravo e não como colaborador voluntário de olho no benefício próprio..

Gente como Adnet, para redimir-se da culpa, quer experimentar o monopólio da virtude dizendo-se de esquerda. Ou seja, ele que compensar sua posição superior na pirâmide social dizendo-se um adepto da ideologia que faz de todos igualmente miseráveis, menos é claro, os detentores do poder que enriquecem negociando facilidades ou gozando de polpudos salários e outras amenidades amealhados com o uso da coerção do estado.

E que aqueles comediantes que trabalham em outras atividades para poderem se sustentar? A maioria deles também é de esquerda, como o Adnet defendem um governo gordo e pesado, porque sonham que um dia ele vai cair em cima de gente privilegiada como o comediante rico para distribuir os frutos obtidos com o talento do seu trabalho.

Quer dizer. Não tem escapatória. Ou o cara é esquerdista porque é um invejoso recalcado, ou ele é esquerdista porque se sente culpado de ter enriquecido e se destacado.

Se isso não fosse suficiente, ainda tem o racionalista pragmático que defende o socialismo, verdadeiro nome para esquerdismo, desde que ele esteja no poder para saborear a riqueza criada pelos outros enquanto promove políticas que levarão os outros igualmente à miséria.

*Roberto Rachewsky, Empresário