Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Morre o príncipe Philip, militar que se adaptou ao papel de coadjuvante da rainha da Inglaterra; O Globo

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Veterano de guerra que se tornou consorte, o mais longevo marido real ficou conhecido pelo estilo varonil e pelas piadas duvidosas. O príncipe Philipe no Castelo Windsor, perto de Londres, em 12 de outubro de 2018, aos 97 anos Foto: POOL New / REUTERS

 

 

Como consorte real, era incumbência do príncipe Philip acompanhar a cônjuge, a rainha Elizabeth II, em suas tarefas como soberana: visitas oficiais a outros países, jantares e recepções de Estado, discursos de abertura do Parlamento, cerimônias e ritos honoríficos.

Philip, que morreu nesta sexta-feira, aos 99 anos, costumava ser discreto sobre o que pensava dessas atribuições. Embora tenha dito que, se pudesse escolher a qual profissão se dedicar, “preferiria ter continuado na Marinha, francamente”, afirmou também, na mesma entrevista ao Independent de 1992, que “tentou tirar o melhor” da vida como coadjuvante.

Tempo para se acostumar a ela não lhe faltou. O casamento com Elizabeth aconteceu em 1947, cinco anos antes de ela ser alçada ao trono, com a morte do pai, o rei George VI. Desde então, Philip, que também ostentava o título de Duque de Edimburgo, tornou-se o mais longevo consorte e o homem mais velho da História da monarquia britânica.

Conhecido pelo estilo varonil, que incluía declarações sarcásticas e atividades atléticas — e, às vezes, fazia com que se parecesse com uma caricatura grosseira —, o príncipe nasceu, ele mesmo, em berço real. Seu pai era o príncipe André da Grécia e da Dinamarca, que lhe legou a dupla filiação nobiliárquica, e sua mãe, Alice de Batemberga, família aristocrática alemã que morava principalmente no Reino Unido.

A ascendência nobre não o poupou de uma infância mal-aventurada. Após a Grécia ser derrotada na Guerra Grego-Turca (1919-1922), seu pai, que atuara como comandante militar, foi banido do país, e a família — que, além dos pais, incluía quatro irmãs mais velhas — precisou ir para o exílio. Após uma passagem pela França, em 1928 Philip foi mandado para um colégio interno no Reino Unido.

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