Porto Alegre, sábado, 04 de maio de 2024
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Militares franceses publicam novo texto alertando para risco de "guerra civil"; RFI

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Grupo de militares franceses publicam novamente texto, na revista ultraconservadora Valeurs Actuelles. Os signatários conclamam o governo francês a “erradicar os perigos” que estariam levando o país à “desintegração" e até a uma guerra civil. As ameaças, segundo o artigo, são o “islamismo. © Fotomontagem RFI/Adriana de Freitas

Depois de um texto polêmico publicado no fim de abril, um grupo de militares franceses na ativa publicou, neste domingo (9) à noite, uma nova coluna na revista conservadora Valeurs Actuelles, em forma de petição. Até 1h da manhã, mais de 75 mil militares já haviam assinado o texto.

Os autores alertam que a “sobrevivência” da França está em jogo, após as “concessões” feitas ao islamismo, e se dirigem diretamente ao presidente francês, Emmanuel Macron, aos parlamentares e aos oficiais. “É hora de agir, senhoras e senhores. Não se trata, desta vez, de fórmulas prontas ou midiatização. Não se trata de prolongar seus mandatos ou de conquistar outros. Trata-se da sobrevivência de nosso país, do seu país”, escrevem os militares.

Os autores explicam que entraram há pouco tempo na carreira militar e, por questões legais, não podem ser identificados. “Somos o que os jornais chamam de geração do fogo. Homens e mulheres na ativa, da Marinha, Exército e Aeronáutica, de todos os níveis hierárquicos. Nós amamos nosso país”, escrevem. Eles também declaram que uma “guerra civil se prepara”.

O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, denunciou nesta segunda-feira (10) uma “manobra grosseira” e a “falta de coragem” de “pessoas anônimas”, frisou em entrevista ao canal de TV BFMTV. “Que sociedade corajosa essa que dá a palavra para pessoas no anonimato. Parece que estamos em uma rede social”, disse Darmanin.

“Quando somos militares, não fazemos esse tipo de coisa escondido”, acrescentou, reforçando que “se trata de uma manobra grosseira” com a proximidade das eleições regional e presidencial no país. O texto dos militares também denuncia “o caos e a violência” que atinge o país. “Vemos que o ódio e sua História vão se tornar a norma”, dizem os militares. O artigo, em forma de petição, recebeu mais de 75 mil assinaturas algumas horas após a publicação.

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