Porto Alegre, sábado, 04 de maio de 2024
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‘Vírus veio para ficar’: cientista da Pfizer detalha eficácia de vacinas à RFI

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Várias pessoas são vacinadas contra covid-19 na Cidade do México, em 11 de maio de 2021. PEDRO PARDO AFP

 

 

Vacinação de crianças, quando a imunidade coletiva será alcançada, a periculosidade das variantes, quantas doses devem ser aplicadas: Alejandro Cané, chefe de Assuntos Científicos e Médicos para a América do Norte da divisão de vacinas da Pfizer, respondeu à RFI as principais questões sobre os avanços do laboratório norte-americano contra a Covid-19. “Nossa vacina é capaz de neutralizar todas as variantes atuais”, afirma o cientista argentino.

RFI: A vacina da Pfizer para adolescentes entre 12 e 15 anos acaba de ser aprovada nos Estados Unidos e é apresentada como “passaporte” para a volta às aulas, além de uma garantia para que as crianças possam abraçar os avós em paz. Não bastava vacinar professores e idosos?

Alejandro Cané: Sem dúvida, o grupo desproporcionalmente afetado em número de casos e gravidade foi o de adultos com mais de 65 anos. Mas cada vez mais – especialmente na segunda e terceira ondas na Europa, e agora também na América Latina – vê-se que os jovens entre 20 e 50 anos, e também adolescentes e crianças, tiveram mais infecções; com menos gravidade, mas mais casos. Aproximadamente 15% das pessoas que sofreram da doença sem morrer, mas com casos graves de Covid-19, eram crianças. O vírus os afeta. É por isso que iniciamos o estudo em pessoas com 16 anos ou mais e depois o expandimos para a faixa de 12-15. E a informação que temos é que a vacina é 100% eficaz neste grupo de jovens adolescentes e com um perfil de segurança totalmente aceitável.

Para quem tem de 12 a 15 anos, só foi aprovado nos Estados Unidos, mas já tinha autorização no Canadá e também apresentamos a vacina para esta faixa etária na Europa, África e Oriente Médio, com o objetivo de ampliar o número de vacinados, porque quanto mais pessoas forem vacinadas, mais rápido se chegará à imunidade coletiva, aquela proteção da comunidade em geral, que aos poucos vai nos devolvendo à normalidade.

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