Porto Alegre, sexta, 19 de abril de 2024
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Porto Alegre: Escolas privadas defendem manutenção do ensino infantil presencial

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Alessandra Uflacker defendeu que crianças não sejam privadas dos espaços de acolhimento (Foto: Martha Izabel/CMPA)

 

 

Representantes da Associação das Escolas Privadas do Rio Grande do Sul (Aepei/RS) defenderam, em reunião virtual na manhã desta terça-feira (25/5), a manutenção de aulas presenciais para a educação infantil no município. A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre (CMPA) ouviu também a Secretaria Municipal de Educação (Smed).

A diretora-executiva da Aepei/RS, Fabiane Vitória, relatou a retomada das aulas da educação infantil nas escolas privadas em outubro do ano passado. Segundo ela, a iniciativa em defesa da infância foi representativa e pioneira em relação a outros municípios do Estado. Em sua fala, afirmou que estudos comprovam que crianças desenvolvem a covid-19 de forma leve e com raros sintomas, além de não serem consideradas os principais transmissores da doença.

Fabiane também afirmou que as escolas são ambientes seguros e fundamentais para a qualidade de vida das crianças, possibilitando o movimento e o desenvolvimento na infância. Finalizou pedindo respeito ao ambiente infantil, “jamais separar as crianças em classes individuais, jamais proibir contato físico, acolhendo sempre, possibilitando afeto e carinho”.

A diretora Alessandra Uflacker, também representando a Aepei/RS e reforçando as falas de Fabiane, considerou que é necessário substituir o medo do contágio pela informação, que, segundo ela, está privando as crianças dos espaços de acolhimento.

Representando a Secretaria Municipal de Educação, Fernanda Maya Guimarães apresentou uma linha do tempo sobre a retomada gradativa das aulas da educação infantil na rede municipal, respeitando todos os protocolos apresentados. Fernanda defende a retirada da obrigatoriedade do distanciamento de mesas e cadeiras para o ensino de crianças de 0 a 5 anos. Segundo ela, o cuidado maior para evitar o contágio está no respeito dos adultos aos protocolos sanitários, visto que as crianças transmitiriam menos o vírus. Também frisou a facilidade de adaptação das crianças aos cuidados necessários.

A mãe Eliane Schütz Cardoso levantou a questão sobre a retomada de aulas para alunos especiais, apelando para que sejam priorizados os encontros presenciais para este grupo que também necessita de uma rotina e de convivência com seus pares.

Vereadores

A vereadora Mariana Pimentel (Novo) elogiou a seriedade e a transparência das Secretarias de Educação e Saúde, que apresentam monitoramentos diários para manter pais e comunidades seguros. Colocou-se à disposição para contribuir com informações à Comissão por representar a Câmara Municipal de Porto Alegre no Centro de Operações de Emergências da Saúde (COE) municipal.

O vereador Giovane Byl (PTB) enfatizou a importância das entidades privadas, conveniadas e municipais para as crianças que estão voltando a conviver depois de um ano de distanciamento. Para ele, a retomada refletirá no futuro das crianças e adolescentes.

O vereador Jonas Reis (PT) demonstrou preocupação com a retomada de aulas presenciais sem a vacinação de professores e funcionários da educação. Ao mencionar os mais de 400 mil mortos no país e a lotação das UTIs pediátricas em Porto Alegre, Reis reitera que não há movimento por parte do prefeito Sebastião Melo em adquirir vacinas para imunizar a população. Em seu entendimento, cada dia fora da escola é uma perda de conquistas pela interrupção da continuidade, e que a culpa por esta perda é dos governantes que não investem na imunização.

Presidida pela vereadora Fernanda Barth (PRTB), a reunião também contou com a presença da vereadora e componente da comissão Daiana dos Santos (PCdoB).