O feriado de 7 de Setembro se tornou a mais elevada aposta política de Jair Bolsonaro desde que assumiu o Palácio do Planalto. Em um momento de isolamento, o presidente acirrou as tensões institucionais ao convocar manifestações de apoio a seu governo e ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa é a opinião majoritária de analistas e políticos ouvidos pelo Estadão.
Os organizadores preveem atos em centenas de cidades do País. Bolsonaro disse que vai participar dos eventos em São Paulo e Brasília, onde ele deve discursar. No sentido oposto, grupos de esquerda também programam atos em quase 200 municípios contra o governo, o que motivou autoridades da segurança pública a criarem esquemas inéditos de policiamento para evitar embates entre os manifestantes, especialmente no transporte público.
Bolsonaro e apoiadores intensificaram a convocação para os atos nos últimos 30 dias após a rejeição da PEC do voto impresso na Câmara dos Deputados. O STF decretou a prisão de bolsonaristas que ameaçaram ministros da Corte (mais informações na página ao lado). A Procuradoria-Geral da República viu “levante” em atos convocados por apoiadores de Bolsonaro, que chegou a comparar as manifestações a um “ultimato” contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
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