Num momento em que o Senado assume cada vez mais protagonismo no cenário nacional, a eleição do próximo ano pode acabar provocando uma grande mexida na Casa. Em 2022, haverá eleição para um terço das vagas (27 cadeiras), e figuras centrais do atual jogo político precisarão renovar seus mandatos nas urnas ou escolher outros rumos para suas carreiras. Essa turma inclui destaques da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, como o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Simone Tebet (MDB-MS).
Fazem parte ainda desse grupo cujo mandato termina no próximo ano o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ex-presidente Fernando Collor (PROS-AL), o líder do governo Fernando Bezerra (MDB-PE), a senadora Kátia Abreu (Progressistas-TO), o ex-governador mineiro Antonio Anastasia (PSD) e o ex-governador do Paraná Alvaro Dias (Podemos-PR), entre outros. Os tucanos Tasso Jereissati e José Serra também encerram seus mandatos, mas não devem concorrer mais, por razões pessoais.
Além disso, a disputa pelas 27 vagas deverá pesar na hegemonia do próximo governo no Congresso. Hoje, o Senado é a Casa que impõe maior resistência aos movimentos do governo Bolsonaro. Não é à toa que o presidente articula para conseguir candidatos aliados fortes para a disputa. Mas, do lado da oposição, também existe o mesmo interesse. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem incentivado vários dos atuais governadores de quem é próximo politicamente a concorrerem a essas vagas para o Senado. No Nordeste, pelo menos cinco governadores deverão estar nesse caso: Wellington Dias (PT-PI), Camilo Santana (PT-CE), Paulo Câmara (PSB-PE), Flávio Dino (PSB-MA) e Renan Filho (MDB-AL).
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