Porto Alegre, terça, 07 de maio de 2024
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Governo cubano lança ofensiva para neutralizar protesto por mudanças; El País

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Autoridades acusam os Estados Unidos de estar por trás da manifestação convocada para o dia 15. ALEXANDRE MENEGHINI (EL PAÍS)

 

 

O clima político em Cuba se turvou e esquenta a cada dia nestas semanas que antecedem a Marcha Cívica pela Mudança, marcada para 15 de novembro em várias cidades da ilha. À medida que se aproxima o dia da manifestação, convocada pela plataforma digital opositora Arquipélago e proibida pelo Governo por considerá-la uma “provocação desestabilizadora”, a confrontação se intensifica e a polarização social cresce a níveis jamais vistos. Nunca uma iniciativa dissidente tinha gerado tanto ruído popular – é hoje um dos principais temas de debate nas ruas, nas casas e nas redes sociais –, o que provocou a reação frontal do Governo. Na última semana, os principais dirigentes do país e a mídia oficial dedicaram horas ao assunto, desacreditando a marcha e vinculando-a a “planos subversivos dos EUA”.

Inicialmente, autoridades e opositores mediram forças numa espécie de jogo do gato e rato. Depois que foi convocada uma passeata em várias cidades do país em 20 de novembro, o Governo reagiu marcando para esse mesmo dia manobras militares nacionais, o que levou os organizadores a anteciparem o protesto para o dia 15. Depois chegou a resposta oficial de declarar ilegais as manifestações, junto com uma advertência do Ministério Público de que seus organizadores serão julgados se violarem a lei. A plataforma Arquipélago dobrou a aposta e manteve a convocação. Nesta disputa, inédita em Cuba, a tensão cresce à medida que as horas passam, e o confronto já é escancarado.

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