Porto Alegre, sábado, 20 de abril de 2024
img

Granpal pede agilidade na construção de microbarragens no Rio Gravataí

Detalhes Notícia
Agenda com o governador em exercício, Gabriel Souza, também marcou a entrega do relatório da Comissão Externa que discutiu o Programa Assistir na Saúde. Foto Alex Rocha/PMPA

 

 

A questão da estiagem do Rio Gravataí foi tema de reunião entre os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) e o governador em exercício, Gabriel Souza, nesta sexta-feira (7), no Palácio Piratini. Entre os pontos solicitados está a construção de 13 microbarragens no Rio Gravataí que devem auxiliar o abastecimento em épocas de seca como a que se passa nesse momento.

Os baixos níveis de água das bacias hidrográficas, pela falta de chuva e altas temperaturas, podem ocasionar racionalização ou até falta de água em diversas cidades da Região Metropolitana. O presidente da Granpal e prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, defendeu um plano de curto, médio e longo prazo a ser seguido para evitar problemas de abastecimento nas comunidades.

“Aqui é uma demonstração de como a humanidade está tratando mal o meio ambiente e isso pode ocasionar em falta de água em diversos municípios. Precisamos dar continuidade a essa agenda de discussões, principalmente a curtíssimo prazo, porque ninguém pode ficar sem água”, afirmou. Melo também propôs que uma reunião seja marcada pela Granpal, com a presença dos prefeitos, e representantes do governo.

O prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, disse que os problemas com a estiagem e a construção de barragens é um tema antigo e o Rio Gravataí é um importante manancial para o abastecimento de mais 500 mil pessoas. “A construção de 13 micro barragens vai dar perenidade ao Rio Gravataí e os investimentos não são tão altos. Essas obras foram autorizadas pela Metroplan (Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional), mas não tivemos nenhum andamento nesse sentido. E nosso apelo é que precisamos começar a tratar de uma vez desse tema para que essas cidades não fiquem sem abastecimento futuramente”, ressaltou. Zaffalon também alertou que se perdurar por mais 15 dias a seca pode ser necessário o racionamento de água ou até o desabastecimento por total de várias cidades.

O governo, com a presença também do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Luiz Carlos Busato, e do presidente da Corsan, Roberto Barbuti, disse que as liberações ainda não estão com a Metroplan e estão sendo analisadas pela Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), mas há interesse em agilizar os processos. De acordo com a Corsan, para aliviar os problemas a curto prazo, a companhia está mudando pontos de captação de água e instalando balsas para a captação de água, mas admite que pode chegar a um limite que se precise partir para o racionamento.

Programa Assistir na Saúde

Foto Alex Rocha/PMPA

A deputada estadual Patrícia Alba (MDB), coordenadora dos trabalhos da Comissão de Representação Externa que avaliou as mudanças no Programa Assistir, também fez a entrega ao governador em exercício, Gabriel Souza, do relatório final da Comissão. A medida proposta pelo Governo do Estado pode ocasionar perdas de R$ 205 milhões nos repasses da saúde aos hospitais públicos da região.

Patrícia destacou que a Região Metropolitana é a que mais perde recursos, mas outras regiões também perderão. “Esse foi um trabalho intenso que deixou todos muito preocupados com a situação caótica que pode se tornar a saúde do RS. Precisamos olhar com seriedade para essa questão”, defendeu.

O prefeito Melo disse que acredita na “sensibilidade do governo para que, com muito diálogo, possamos encontrar uma solução. Não podemos tratar os desiguais de forma igual”, ressaltou.

Também estiverem presentes os prefeitos de Guaíba, Marcelo Maranata; de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues; de Taquari, André Brito; e o prefeito em exercício de Canoas, Nedy de Vargas Marques; o secretário da Casa Civil, Artur Lemos; além de vereadores, secretários e diretores de hospitais.