O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer atrair o voto do eleitorado evangélico pelo bolso. A estratégia da campanha do PT é evitar temas polêmicos, como aborto e legalização de drogas, e conversar com o público conservador sobre problemas econômicos do cotidiano, como inflação, carestia e desemprego.
Favorito nas pesquisas de intenção de voto, Lula quer desviar o debate da agenda de costumes, campo que o presidente Jair Bolsonaro domina. Quando ocupava o Planalto, Lula manteve ligação próxima com as principais igrejas evangélicas, como a Assembleia de Deus da família Ferreira, no Rio, e a Universal, do bispo Edir Macedo. Após anos de ataques ao PT, Macedo pôs a estrutura da Universal a favor do então presidente, em 2003.
A boa relação só terminou em 2016, quando o PRB, atual Republicanos – partido de aliados do bispo – rompeu com a presidente Dilma Rousseff e defendeu o impeachment. Na tentativa de se aproximar dos evangélicos, o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro decidiu agora incorporar ao discurso a defesa da lei antiaborto e o combate à sexualização precoce.
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