Ao som da marcha nupcial, onze casais disseram “sim” no 19º Casamento Coletivo, realizado na tarde desta quinta-feira (30/6), na Galeria dos Casamentos do Memorial, mezanino do Palácio da Justiça. A iniciativa é destinada a casais que residam na Capital gaúcha e que não tenham condições financeiras de arcar com as despesas do casamento civil.
Há pelo menos cinco anos a autônoma Elizabeth Fonseca da Silva e o técnico em informática Gustav Stephan Grätsch Bukiewicz planejavam oficializar a união. A falta de recursos financeiros foi adiando cada vez mais esse momento.
Pais da Julia, de 3 anos e da Beatriz, de 2 anos, eles se conheceram pelas redes sociais em 2016. Antes disso, os encontros eram só virtuais entre São Paulo e Porto Alegre. “Minhas filhas me viram de vestido e se alegraram muito. Estamos todos muito felizes e emocionados por conseguir realizar o casamento”, disse Elizabeth que agora passa a ter o sobrenome do marido, outro sonho dela.
Quando o aposentado Adão Cassemiro, 69 anos, viu a notícia em um jornal da Capital sobre a abertura de inscrições para o casamento coletivo percebeu a oportunidade de realizar um desejo antigo da companheira, a dona de casa Elis Regina Rocha Saucedo, 62 anos.
O casal está junto há 22 anos. Moram em Porto Alegre com a filha de um relacionamento anterior de Elis de 32 anos e dois netos adolescentes, um de 16 e outra de 12 anos de idade. “Ele sempre me disse que íamos casar e as pessoas sempre perguntavam: quando vão casar? Não casaram ainda? Muita gente tem essa vontade, mas os documentos não são baratos. Conseguir isso, foi uma benção!”, disse ela agora oficialmente casada.
Conduzida pelo Juiz de Paz Raul Dias, a cerimônia ficou ainda mais emocionante ao som do violino de Marcio Cecconello e do piano de Luz Mauro Filho. O diretor do Memorial do Judiciário, Desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, deu as boas-vindas e desejou felicidades aos novos casais. Destacou que a cerimônia do casamento se mantém desde os tempos romanos.
“A presença de vocês têm um significado especial. Indica a importância do casamento para os tempos modernos. Quem está aqui poderia ter escolhido a união estável, mas preferiram a ligação pelo casamento. Esse é um compromisso para a vida”, observou o Desembargador.
A solenidade é promovida pelo Memorial do Judiciário do RS em parceria com a Corregedoria-Geral da Justiça e com o Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais da 1ª Zona de Porto Alegre.