Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
img

Brasileira vivendo em Ruanda conta que nem tudo é “cor de rosa” no mundo das organizações em África; RFI

Detalhes Notícia
Caroline no Ruanda. © Arquivo pessoal

 

 

Desmotivada a continuar trabalhando no meio corporativo, e “cansada de contar diariamente milhares de mortos por causa da Covid-19 no Brasil”, em novembro do ano passado Caroline Haddad resolveu se mudar para Ruanda, pequeno país do leste africano com uma população equivalente a da cidade de São Paulo.

Ela não veio fazer voluntariado, mas o objetivo era trabalhar com algo mais focado em questões sociais, em vez de continuar apenas “vendendo pasta de dente”, como ela disse durante a entrevista na casa compartilhada onde mora atualmente na capital, Kigali.

“Eu nunca tinha pisado em um país do continente (africano)”, destacou e reconheceu que a imagem que ela tinha em mente era a do estereótipo associado ao genocídio contra os Tutsis, em 1994. “Ruanda acho que é um ponto fora da curva no continente. Pegando especificamente Kigali, é uma cidade super organizada, limpa, arborizada. Não é aquele ‘mar de gente’ andando pela rua, que é o que você imagina em uma capital, principalmente em um país em desenvolvimento”, conta ao falar sobre o que mais a surpreendeu aqui.

Caroline nasceu em São Paulo. Cresceu em Araraquara, no interior, e voltou para a capital mais tarde, onde se formou em Comunicação com ênfase em Marketing. Também fez mestrado em Comunicação de Marcas, na França. O cansaço com o ambiente em que trabalhava a fez tomar uma decisão no fim de 2017: era hora de dar uma pausa. No ano seguinte começou a viajar, trabalhando remotamente com consultorias.

 

Leia mais em RFI