Porto Alegre, terça, 30 de abril de 2024
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Prêmio Maria Felipa homenageia mulheres negras que se destacam na luta por direitos e contra o racismo

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A jornalista Cynthia Martins, âncora do Jornal da Noite e do podcast Pretoteca, da Band foi uma das agraciadas com a premiação.

 

O Prêmio Maria Felipa  é uma das mais importantes honrarias concedidas a mulheres negras que se destacam na luta por direitos e contra o racismo. O evento marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional da Mulher Negra. Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Assim como Joana Angélica e Maria Quitéria, ela lutou pela Independência da Bahia. Em 1823, liderou um grupo composto por mais de 200 pessoas, entre as quais estavam índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.

 

Foram homenageadas nesta segunda-feira: Adriana Quintiliano, modelo e digital influencer; Madá Negrif, empresária; Salcy Lima, jornalista e apresentadora da Record TV; Patrícia de Carvalho, advogada; Laina Pretas por Salvador, vereadora; Carla Verena, empresária; Naiara Oliveira, jornalista; GCM Cleu, da Guarda Municipal do RJ; Magaly de Souza Menez, procuradora-geral de Porto Seguro; Dinsjani Pereira, coordenadora de Infância e Juventude de Salvador; Antônia Faleiros, juíza criminal; Cynthia Martins, âncora da TV Band Brasil; Ana Trindade, jornalista; Denise Melo, empresária e trancista; Paula Sanffer, cantora; Livia Calmon, jornalista; Yldene Martins, advogada; embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia; Vânia Dias, apresentadora de TV; Karine dos Santos, empreendedora; Ana Patricia, advogada; Deliene Mota, empresária e chef de cozinha.

Para a organizadora da premiação Ireuda Silva, o evento que marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional da Mulher Negra é especial,“A Bahia e o Brasil ainda sofrem com a discriminação racial, que segrega e mutila direitos fundamentais. Nesse contexto tão cruel e que ainda guarda resquícios da escravidão, as mulheres negras são duplamente vitimadas, já que o preconceito tem natureza racial e de gênero”, diz Ireuda Silva. “Desse modo, penso que este dia e este prêmio são o mínimo que podemos fazer para reafirmar o nosso posicionamento, mostrar que nós, mulheres negras, estamos aqui, que somos peças fundamentais da história do Brasil e da Bahia. E que lutamos constantemente para melhorar a realidade de todas nós”.