Kit gay. Maçonaria. Banheiros unissex para crianças. Urnas eletrônicas com durepox. No meio de um discurso distópico que parece saído de uma peça humorística, os eleitores brasileiros tentam acordar da intensa disputa que marcou o primeiro turno destas eleições gerais no Brasil. Com o Congresso definido, resta saber agora quem vai governar o país nos próximos quatro anos. A RFI conversou com pesquisadoras especializadas em desinformação para aprofundar o assunto e oferecer alternativas.
Nina Santos, pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, lembra que a questão religiosa vem sendo pautada como desinformação desde o início da campanha. “Existe muita desinformação circulando sobre o fechamento de igrejas, ataques a cristãos e coisas desse tipo. Víamos isso de maneira um pouco limitada, mas de fato isso ganhou muita relevância logo depois do primeiro turno, com estratégias de descredibilizar determinados candidatos a partir de uma mistura de informações reais e fake news combinadas”, afirma.
“O campo religioso e da discussão moral e de costumes são dois campos têm sido muito alvo da desinformação”, pontua. Para a especialista, que atualmente foca sua pesquisa nas dinâmicas de circulação de informações política e nos estudos sobre mediação e mediadores de informação, “o cenário em relação às fake news para esse segundo turno é extremamente desafiador”.
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