Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
img

Plataformas temem prazo curto e excesso de poder do TSE para remover fake news, por Patrícia Campos Mello/Folha de São Paulo

Detalhes Notícia
Empresas de internet avaliam que, com resolução, decisões do tribunal sobre remoção de conteúdo terão pouca transparência. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, chefia sessão plenária no tribunal - Alejandro Zambrana - 6.out.22/TSE

 

 

As plataformas de internet reagiram com preocupação à resolução aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta-feira (20), a apenas dez dias do segundo turno, principalmente por causa do prazo curto para cumprir ordens de remoção de conteúdo e por verem a possibilidade de o presidente da corte determinar, de ofício, conteúdos que devem ser removidos.

Na interpretação das empresas de internet, o artigo 2 da resolução, que permite ao TSE, “em decisão fundamentada”, determinar “às plataformas a imediata remoção da URL, URI ou URN”, sob pena de multa de R$ 100 mil a R$ 150 mil por hora de descumprimento, permite que o tribunal determine sozinho, sem transparência, quais conteúdos de desinformação contra o processo eleitoral precisam ser removidos, o que poderia levar a abusos.

As empresas já haviam criticado essa determinação durante reunião na quarta (19), quando foram informadas de que a resolução daria esse poder ao tribunal.

Leia mais na Folha de São Paulo