Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Universitários relatam não ter o que comer em meio à insegurança de auxílios, por Laura Mattos/Folha de São Paulo

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No Pará, estudantes dizem recorrer a mistura de farinha e água; alta de alimentos agrava situação. O estudante de arquitetura Zacarias Ferreira da Costa Neto, 25, que diz que muitas vezes precisa escolher entre almoçar e comprar livros - Bruno Santos/Folhapress

 

 

Eles são universitários, estudam em graduações como psicologia, direito e história. E passam fome. Não é algo eventual, não é por um dia. Alguns recorrem até a uma mistura de farinha com água para sobreviver.

Essa realidade está relacionada à ampliação do acesso da população socioeconomicamente vulnerável ao ensino superior. O país que criou mecanismos para que jovens de baixa renda entrem na universidade não fez programas suficientes para mantê-los.

Os que existem estão ameaçados por cortes e bloqueios de verba na educação que atingem bolsistas e beneficiários de auxílios estudantis.

Além disso, o drama dos universitários vem na esteira do avanço da fome no Brasil –6 em cada 10 brasileiros sofrem atualmente algum tipo de insegurança alimentar, sendo que 33 milhões passam fome, segundo dados da Rede Pensam (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).

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