Porto Alegre, sábado, 23 de novembro de 2024
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Milho tem quebra irreversível e pode piorar, por Camila Pessôa/Correio do Povo

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Avaliações da Câmara Setorial do Milho da Secretaria da Agricultura e da Emater/RS de Lajeado é de que chuva, agora, é apenas para “parar de perder” | Foto: Mauro Schaefer / CP

 

 

Com chuvas esparsas desde novembro de 2022, o Rio Grande do Sul passa, pela terceira vez consecutiva, por uma estiagem que coloca a produção agropecuária em risco. Afetado já em sua fase de desenvolvimento, o milho é um dos cultivos com maiores perdas. “Tem uma quebra de safra muito grande”, diz o coordenador da Câmara Setorial do Milho da Secretaria da Agricultura, Paulo Vargas. Segundo ele, muitos produtores já acionaram o seguro e outros cortaram os pés de milho para fazer silagem – apenas com palha, portanto menos nutritiva – uma vez que as plantas não formaram espiga.

“As perdas são parecidas com as do ano passado, mas ainda não conseguimos quantificar”, diz Vargas. “Tem regiões que pegaram alguma chuva e outras não pegaram”. Vargas relata que enquanto no Norte e Noroeste do Estado as plantações de milho foram pesadamente afetadas, em outras áreas, em que é possível utilizar o sistema irrigado de sulco-camalhão, houve boa produção. Em muitos desses locais há produtores com tradição no cultivo do arroz que recentemente adotaram, também, a produção de milho. “Em Jaguarão, que tem o uso do sulco-camalhão, eles irrigam e conseguem uma boa produtividade, mas essa é uma tecnologia para regiões planas, que no Norte nós não temos”, exemplifica. Segundo o coordenador, as perdas foram ainda mais agravadas pela ocorrência de granizo na segunda semana de janeiro, em especial no Noroeste do Rio Grande do Sul.

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