Se de um lado apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tentarão fazer de sua volta ao Brasil, marcada para esta quinta-feira, um grande evento, de outro, o Palácio do Planalto trabalha para não amplificar a repercussão do retorno do político do PL, que passou uma temporada de três meses nos Estados Unidos. A estratégia traçada pelo governo é evitar a todo custo rebater eventuais ataques de Bolsonaro. Eles têm aconselhado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazer o mesmo, para não se antagonizar a um adversário que, apesar da força política, hoje não tem mandato.
A avaliação dos petistas é a de que a rivalizar neste momento é dar palanque a Bolsonaro. Interlocutores de Lula defendem que declarações sobre o ex-presidente devem mirar apenas as suspeitas que recaem sobre ele, como no caso das joias, isolando-o do debate político. Sem foro privilegiado, Bolsonaro terá que dar explicações à Polícia Federal sobre o ocorrido. Como revelou a colunista Bela Megale, ele vai prestar depoimento no próximo dia 5 de abril em Brasília.
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